segunda-feira, 10 de novembro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

PROJETO - E. E. B. PROFª CECÍLIA LOTIN (O HOMEM É UM SER POLÍTICO) - 1ª

GERED de São Miguel do Oeste
Atividade correspondente as 10 horas / Curso de Filosofia
E. E. B. Profª Cecília Lotin
2º ano do Ensino Médio
Disciplina de Filosofia
Profº Katiano Rodrigo Picinini

O HOMEM É UM SER POLÍTICO

Problematização: Tendo em vista que a grande maioria da população não sabe o que é ser Político, esse projeto tem como objetivo esclarecer e levantar questionamentos aos alunos do 2º ano do Ensino Médio da E. E. B. Profª Cecília Lotin, de Barra Bonita, e os mesmos levantarão uma pesquisa de campo entrevistando pessoas de diferentes faixas etárias e classe social, discutindo o que é ser Político e juntamente oportunizar uma discussão ao tema levantado com as pessoas entrevistadas. Como conclusão se realizará uma obra teatral analisando o Mito da Caverna de Platão, desde uma ótica política, e posteriormente será apresentada para a comunidade escolar.

Objetivos:
- Oportunizar discussões sobre o significado do homem como ser político;
- Incentivar a participação do jovem na política;
- Esclarecer a diferença entre política e politicagem;
- Analisar qual a compreensão que as pessoas da cidade e do âmbito escolar tem sobre a política.

Ações:
- Reflexão a partir de referenciais teórico sobre a política;
- Pesquisa de campo sobre o que é política;
- Apresentação dos resultados;
- Teatro apresentado ao colégio.

Meios a serem utilizados - Recursos humanos: professores, alunos, pessoas da cidade a serem entrevistadas e comunidade escolar.

Instrumentos:
- Livros;
- Música;
- Vídeos;
- Data-show;
- Lousa;
- Obra teatral;
- Reportagem.

Resultado: Postado no Blog no íten 4.



sexta-feira, 10 de outubro de 2008

resultados - 4ª

Resultados:

  • Os alunos tiveram uma ótima compreensão sobre o que é ser político.
  • Utilizaram o conhecimento que adquiriram para questionar os vereadores e prefeito sobre o que é ser um ser político. E constataram a falta de conhecimento ao tema.
  • Constataram que 80% da população da cidade de Barra Bonita não sabem o que é política e pior, acabam associando com os atos corruptos que há na prefeitura e compra de votos que seria a politicagem.
  • Socialização da obra teatral (mito da caverna de Platão) para os alunos do colégio, conscientizando-os que o homem é um ser político em todos os momentos de sua vida.
  • Analisaram também na obra teatral quando estamos sendo seres políticos e quando estamos sendo manipulados (mídia, falácias de candidato político..) VER FOTOS.
  • Uma maior conscientização sobre os dois tipos de política (social e partidária) e de compromisso com a sociedade em que vive.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

o homem é um ser político - 2ª parte

Temas desenvolvidos em sala de aula, tendo em vista a preparação do trabalho de campo sobre O homem é um ser Político.

Referencial teórico sobre Política:

Atenas : Somos filhos da Pólis
- O que é Pólis?;
- A origem da política;
- Que é um ser político;
- A importância da Ágora em Atenas?
- O analfabeto Político;
- O idiotés no mundo grego;
- A política de Aristóteles - "o homem é um animal político".
- O mito da caverna de Platão - abordagem política.


- As formas de Política: a política social e política partidária.


- A Política de Platão e de Maquiavel: qual das duas prevalece hoje? (texto anexo)

Profº Katiano Rodrigo Picinini

Platão filósofo grego marcou todo o cenário do mundo Ocidental. Para esse filósofo grego por detrás dessa nossa realidade material existe uma outra realidade que é superior e perfeita. Platão a definiu de Mundo das Idéias ou Mundo Inteligível. Essa nossa realidade seria o Mundo Sensível e seria uma mera cópia da realidade Inteligível. O nosso corpo pertenceria ao Mundo Sensível, onde não se dá nenhum conhecimento. Já a nossa alma seria da mesma natureza das idéias, ou seja, do Mundo Imutável. Por isso, que para Platão é através de atividade noética (movimento do intelecto) que se dá na própria alma, que o homem vai gradativamente recordando as essências perfeitas que a alma já teria contemplado na realidade Inteligível antes de encarnar-se no corpo. Sair das sombras do Mundo Sensível e alcançar a Idéia do Bem é a tarefa do filósofo-político que se liberta das correntes no interior da caverna e contempla a realidade perfeita fora dos parâmetros da caverna. É o filósofo que deverá governar a cidade no dizer de Platão.

Na época de Platão o cenário político era marcado por muitas intrigas. Platão muito jovem ainda, conheceu a Sócrates e ficou fascinado pela profundidade de seu pensamento e pela autenticidade de sua vida.

Por causa das intrigas de alguns personagens políticos de Atenas que se sentiram feridos pelas críticas de Sócrates, este é condenado a morte. Platão ficou afetado no mais profundo de sua alma pela morte injusta de seu mestre. Como resultado dessa dolorosa experiência que o traumatizou por toda a sua vida e como consequência disso levanta um problema que coloca em sua famosa obra A República. O problema levantado por Platão é como fazer para que a política não acabe em intrigas, em corrupção e em arbitrariedades. Como fazer para que o Estado seja justo e não volte a suceder o que se passou com seu mestre Sócrates?

A solução que encontrou foi definitiva. Para que a política não caia em intrigas e em corrupção, para que não permita condenar e oprimir aos cidadãos honestos e exaltar aos corruptos, deve proceder por princípios. Os governantes não devem atuar de acordo com seu arbítrio, nem guiados somente por seu modo de entender as coisas, senão de acordo com as normas universais, racionalmente fundadas que por este motivo, poderão ser aceitos pela totalidade da população. Para Platão, os princípios éticos seriam fundamentais para a norma universal da sana política.

Mas dezessete séculos mais tarde, um funcionário italiano dava umas normas totalmente opostas as de Platão. Se chamava Nicolau Maquiavel. Para Platão o problema principal era de justiça e honestidade. Para Maquiavel o problema principal seria ser eficaz. O da eficácia e de manter-se o maior número possível no poder. Por causa disso sua famosa frase é: “Os fins justificam os meios”. Para colocar suas idéias escreveu o livro titulado O Príncipe. O Príncipe de Maquiavel é como uma antíteses da A República de Platão.

A República discute a necessidade do governante ser justo; o Príncipe, que seja eficaz. A verdadeira motivação que deve impulsar aos governantes, segundo o idealista Platão, é o bem comum das pessoas. Para o cínico e pragmático Maquiavel, não é a felicidade das pessoas, mas sua permanência no poder.

São duas posições opostas. Quem tem a razão? Se a pergunta ficar no plano teórico, todos dariam a razão ao grande filósofo ateniense. Porque, quem não está convencido de que o fim supremo do governo deve ser o maior bem comum de todo o povo e que essa felicidade não possa lograr-se senão governado por meio de princípios universais cuja aplicação impede a arbitrariedade e a opressão?

Na letra, nas leis, na teoria, triunfa Platão, mas na prática está triunfando Maquiavel. Se analisarmos as normas constitucionais que regem à grande maioria dos estados modernos vemos que estão baseados na necessidade de governar mediante princípios universais e justos que façam impossível as arbitrariedades dos governantes.

Mas a eliminação total da injustiça e da opressão é um ideal difícil de alcançar. Mas isso não somente porque seja difícil de erradicar todos os abusos das autoridades, senão porque grande parte dos políticos estão mais influenciados pelas idéias de Maquiavel do que as de Platão. A luta entre eles não terminou e dá a impressão de que na prática, vence Maquiavel. Maquiavel é mentor das ambições pessoais. É o mestre dos que buscam o poder pelo poder, dos que pisam todo tipo de princípio ético e qualquer direito alheio, com o objetivo de escalar a montanha do poder e uma vez instalados lá, seu objetivo principal não será a justiça, nem o bem-estar do povo, mas se manter o maior tempo possível no poder. Platão orienta a quem aspiram a uma sociedade justa, onde todos possam realizar-se plenamente. Maquiavel é mestre dos que crêem que a história não tem mais sentido e que a satisfação da ambição está no poder.

Ao finalizar o texto, creio que é importante levantar algumas perguntas pertinentes para nossas vidas cotidianas: Em nossa cidade prevalece mais a política de Platão ou a de Maquiavel? Nós nos consideramos seres políticos? A política é boa? O que obscurece a imagem da política atual? Cada um assume o seu papel de ser político?


Referências Bibliográficas:

IRIARTE, Gregório (O.M.I). Análisis Crítico de la Realidad. 4ª Edición. La Paz – Bolivia: Senpas, 1989;

PLATÂO, Os Pensadores. A República. São Paulo – SP: Abril Cultural, 1978;

MAQUIAVEL, Nicolau. Os Pensadores. O Príncipe. São Paulo – SP: Abril cultural, 1978.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

trabalho de campo sobre Política - 3ª

  • Trabalho sobre O Homem é um Ser Político - entrevista de campo

    1ª parte:
  • Faça um texto contendo os seguintes pontos: o que é política?, o surgimento da política, o que Aristóteles quis falar com a frase: "o homem é um ser político", ser cidadão implica utilizar minha condição de ser político ou não?, a política é especifica de alguns profissionais?

    - A diferença entre Política e Politicagem.

    - Na apresentação trazer também duas letras de músicas que falam de Política.
    (trazer a letra da música para todos acompanharem, trazer o CD e ao final explicar a letra da música).

    2ª parte:
  • Pesquisa de campo onde deverão serem entrevistadas 10 pessoas.
    - Assunto: o que você entende por política?
    - Confrontar as respostas com o conceito grego de política.
    As entrevistas poderão ser filmadas!!!!!!!!
  • Obra teatral em base no mito da caverna de Platão:
  • O que é sair da caverna comparando com o ser político.
  • O que é permanecer dentro da caverna comparando com a politicagem e falta de senso crítico.
  • As cavernas de hoje e a negação do ser humano como ser político.